Perifiton associado a Eichhonia Azurea na baía do coqueiro, pantanal Mato-Grossense: produtividade e densidade
DOI:
https://doi.org/10.17921/1415-5141.2006v10n1p%25pResumo
As comunidades associadas as macrófitas aquáticas são pouco conhecidas no Pantanal mato-grossense, neste contexto buscou-se caracterizar o perifiton associado a E. azurea na baía do Coqueiro (Poconé - MT), abordando os aspectos ecológicos do grupo. Esses aspectos foram relacionados as variáveis limnológicas. O perifiton foi raspado do pecíolo e posteriormente subdividido para as análises de clorofila, peso seco, densidade, composição e produtividade. A densidade das populações foi estimada pelo método da sedimentação em microscópio invertido. Enumeraram-se os indivíduos em tantos campos aleatórios quantos os necessários para alcançar 100 indivíduos da espécie mais freqüente. A riqueza de espécies foi avaliada considerando o número total de espécies em cada amostra. A comunidade perifitica foi composta de 39 taxa. As classes Cyanophyceae (13), Bacillariophyceae e Chlorophyceae (09) foram as mais representativas em número de espécies. A densidade do perifiton pode ser considerada elevada (1045-6040 ind ml-1), sendo que os organismos da classe Bacillariophyceae apresentaram maior densidade. As espécies Aulacoseira granulata, Cyclotella sp. e Diatoma sp. tiveram 100 % de freqüência de ocorrência. Registrou-se maior riqueza, densidade, peso seco e diversidade nas folhas mais jovens de E. azurea. Este estudo permite concluir que o perifiton teve um mesmo padrão de variação para a densidade, riqueza, clorofila e peso seco, em função do estádio sucessional da comunidade perifítica, disponibilidade de luz e quantidade de sedimento aderido.