Prevalência da Doença Periodontal entre Idosos e Fatores Demográficos Associados: Estudo Piloto
DOI:
https://doi.org/10.17921/1415-5141.2016v20n2p70-75Resumo
O envelhecimento da população brasileira justifica a necessidade de estudos epidemiológicos para conhecer o estado dos agravos em saúde bucal e planejar ações de promoção de saúde. Este estudo teve por objetivo avaliar a prevalência de periodontopatias e a relação com características demográficas em idosos de Londrina/PR. Estudo piloto de delineamento transversal foi conduzido com 135 idosos, fisicamente independentes, cadastrados em Unidades Básicas de Saúde. A amostra foi aleatorizada e estratificada por gênero e região. Na avaliação clínica foram utilizados o Índice Periodontal Comunitário (IPC) e o Índice de Perda de Inserção Periodontal (PIP). Os exames foram realizados em clínica odontológica, os dados anotados e tratados estatisticamente por Qui-Quadrado, Mann-Whitney e Kruskall-Wallis, com nível de significância igual a 5%. Houve diferença estatística na prevalência de sangramento (p=0,009) e bolsa periodontal rasa (p=0,019) entre os gêneros masculino (25,9% e 22,2%, respectivamente) e feminino (13,6% e 9,9%, respectivamente). Observou-se que a perda de inserção de 4 a 5 mm foi mais prevalente no gênero masculino (29,6%; p=0,014) e em idosos de 60-64 anos (40,6%; p=0,016). A perda entre 6 e 8 mm foi mais prevalente na região Oeste (25,5%; p=0,009). Houve influência do gênero, faixa etária e região de residência nos agravos periodontais observados nos idosos.