Cultivo do Tomate Cereja sob Sistema Hidropônico: Influência do Turno de Rega

Autores

  • Diogo Chamberlain Gonçalves Unopar, Curso de Agronomia. PR, Brasil
  • Carlos Henrique dos Santos Fernandes Unopar, Curso de Agronomia. PR, Brasil
  • Débora Perdigão Tejo Unopar, Curso de Agronomia. PR, Brasil
  • Thaís Cristina Morais Vidal Unopar, Curso de Agronomia, Mestrado em Energia na Agricultura. Universidade Estadual do Oeste do Paraná, UNIOESTE, PR, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.17921/1415-5141.2018v22n1p20-23

Resumo

O cultivo hidropônico em tomate cereja é uma técnica que vem cada vez mais se expandindo no país. São necessárias várias metodologias para que se obtenham bons resultados de produtividade. O objetivo do presente trabalho foi conhecer e debater através de revisão bibliográfica como o turno de rega pode ser utilizado como ferramenta para melhorias de sistemas hidropônicos, especificamente, para cultura do tomate cereja, relatando as vantagens e desvantagens que o sistema hidropônico pode agregar comparado ao sistema de cultivo convencional, além de abordar aspectos referentes à cultura do tomate cereja, como: exigências climáticas e comercialização. A solução nutritiva adotada em sistemas de hidroponia  considera os elementos que são necessários para o desenvolvimento da planta, vale ressaltar que o tomateiro é uma planta altamente exigente em nutrientes. O turno de rega pode ser empregado para redução de gastos com energia elétrica, menor utilização de nutrientes, bem como diminuir a quantidade de água utilizada para circulação no sistema. A hidroponia se apresenta como técnica de cultivo muito utilizada para diversas culturas, amenizando os problemas fitossanitários, melhorando o controle dos aspectos nutricionais, redução do ciclo da cultura e obtenção de olerícolas de alta qualidade com alto padrão comercial. A adequação do turno de rega, em tomate cereja, é economicamente viável e sustentável ao produtor, diminuindo gastos e otimizando a produção.

 

Palavras-chave: Solanum lycopersicum var. cerasiforme. Tomate. Hidroponia.

Abstract

The hydroponic cultivation in cherry tomatoes is a technique that has been increasingly expanding in the country. Several methodologies are required to achieve good productivity results. The purpose of the present work was to know and debate through a bibliographical review how the irrigation shift can be used as a tool for improvements of hydroponic systems, specifically for cherry tomato crop, reporting the advantages and disadvantages that the hydroponic system can add compared to the conventional cultivation system, besides addressing aspects related to the cherry tomato crop as climatic requirements and commercialization. The nutrient solution, adopted in hydroponic systems considers the elements that are necessary for the plant development, it is worth mentioning that   tomato is a plant highly demanding in nutrients. The irrigation shift can be used to reduce expenses with electricity, less use of nutrients as well as decrease the amount of water used for circulation in the system. Hydroponics is presented  as a widely used cropping technique for many crops, mitigating phytosanitary problems, improving the control of nutritional aspects, reducing the crop cycle and obtaining high quality olericultural plants with high commercial standards. The suitability of the irrigation shift in cherry tomatoes is economically viable and sustainable to the producer, reducing expenses and optimizing production.

Keywords: Solanum lycopersicum var. cerasiforme. Tomato. Hydroponics

Referências

AMARAL JÚNIOR, A.T. et al. Melhoramento do tomateiro: II. Procedimento de Gardner e Eberhart na análise heterótica de características morfológicas e da qualidade dos frutos. Bragantia, v.56, n.1, p.33-46, 1997.

ANDRIOLO, J.L. Fisiologia das culturas protegidas. Santa Maria. UFSM, 1999.

ARAÚJO, E.A.T. Cultivares, clima e época de plantio do tomateiro. Disponível em: http://www.cpscetec.com.br/agriculturaorganica/site/mostra_culturas.php?codigo=348&cod_cat=75 Acesso em: 7 out. 2017.

BRASIL. Ministério da Agricultura do Abastecimento e da Reforma Agrária. Portaria n ° 553 de 30 de agosto de 1995. Dispõe sobre a Norma de Identidade, Qualidade, Acondicionamento e Embalagem do Tomate in natura, para fins de comercialização e revoga as especificações de Identidade, Qualidade, Acondicionamento e Embalagem do Tomate, estabelecidas pela Portaria nº 76, de 25 de fevereiro de 1975. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, set. 1995.

BRASIL. Ministério da Agricultura. Portaria nº 412 de 07 de outubro de 1986. Dispõe sobre o acondicionamento e embalagem, o uso de caixa de papelão ondulado para tomate destinado ao consumo in natura. Diário Oficial da República Federativa do Brasil do Brasil, Brasília, out, 1986.

CASTRO, L.R.; CORTEZ, L.A.B.; JORGE, J.T. Influência da embalagem no desenvolvimento de injúrias mecânicas em tomates. Food Sci. Technol., v.21, n.1, p.26-33, 2001.

CEASA – Central Estadual de Abastecimento do Paraná – Cotação diária. Disponível em: <http://celepar7.pr.gov.br/ceasa/hoje.asp>. Acesso em: 18 out. 2017.

CEAGESP. Programa Brasileiro para a modernização da Horticultura & produção integrada de frutas. Normas de Classificação do tomate. São Paulo: Centro de Qualidade em Horticultura CQH/CEAGESP, 2003.

CHABOUSSOU, F. Plantas doentes pelo uso de agrotóxicos (a teoria da trofobiose). São Paulo: L & Pm, 1987.

CHITARRA, M.I.; CHITARRA, A.B. Pós-colheita de frutos e hortaliças: fisiologia e manuseio. Lavras: ESAL/FAEPE, 1990.

FONTES, P.C.R.; SAMPAIO, R.A.; FINGER, F.L. Fruit size, mineral composition and quality or trickle-irrigated tomatoes as affected by potassium rates. Pesq. Agrop. Bras., v.35, n.1, p.21-25, 2000.

FURLANI, P.R. et al. Cultivo hidropônico de plantas. Boletim técnico 180. Campinas: IAC, 1999.

FURLANI, P.R. et al. Cultivo hidropônico de plantas: parte 2 - Solução Nutritiva. 2009. Disponível em: <http://www.infobibos.com/Artigos/2009_2/hidroponiap2/index.htm>. Acesso em: 22 ago. 2017.

GUILHERME, D.O. Produção e qualidade de frutos de tomateiro cereja cultivados em diferentes espaçamentos em sistema orgânico. Montes Claros: Universidade Federal de Minas Gerais, 2007.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Sidra. Disponível em: <https://sidra.ibge.gov.br/tabela/1618#resultado> Acesso em: 18 out. 2017.

MARSCHNER, H. Mineral nutrition of higher plants. São Paulo: Elsevier, 1995.

MARTINEZ, H.E.P.; SILVA FILHO, J.B. Introdução ao cultivo hidropônico de plantas. Viçosa. UFV. 2006.

MONTE, J.A.; et al. Influência do turno de rega no crescimento e produção do tomateiro no verão em Seropédica. Horticultura Bras., v. 27, p. 222-227, 2009.

NASCIMENTO, A.R. et al. Qualidade de tomates de mesa cultivados em sistema orgânico com turno de rega o e convencional no estado de Goiás. Horticultura Bras., v.31, n.4, p.628-635, 2013.

PILAU, F.G. Intervalor entre irrigações na produção de alface hidropônica. Santa Maria: Universidade Federal de Santa Maria, 2002.

RESH, H. M. Hydroponic food production. Santa Bárbara: Woodbridge, 2000.

SÃO JOSÉ, J.F.B. Caracterização físico-química e microbiológica de tomate cereja (Lycopersicum esculentum var. cerasiforme) minimamente processado submetido a diferentes tratamentos de sanitização. Viçosa: UFV, 2013.

SILVA, E.T. et al. Comportamento da temperatura do ar sob condições de cultivo em ambiente protegido. Ciênc. Agrárias Amb., v.1, p.51-54. 2003.

SILVA, J.B.C.; MACHADO, C.A.N.; MONTEIRO, J.G. Sistema auxiliar de bombeamento de solução nutritiva em cultivos hidropônicos de hortaliças. Horticultura Bras., v.28, p.364-369, 2010.

TEIXEIRA N.T. Hidroponia: uma alternativa para pequenas áreas. Guaíba: Agropecuária, 1996.

Downloads

Publicado

2018-06-30

Como Citar

GONÇALVES, Diogo Chamberlain; FERNANDES, Carlos Henrique dos Santos; TEJO, Débora Perdigão; VIDAL, Thaís Cristina Morais. Cultivo do Tomate Cereja sob Sistema Hidropônico: Influência do Turno de Rega. UNICIÊNCIAS, [S. l.], v. 22, n. 1, p. 20–23, 2018. DOI: 10.17921/1415-5141.2018v22n1p20-23. Disponível em: https://uniciencias.pgsscogna.com.br/uniciencias/article/view/6113. Acesso em: 30 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos