Diabetes Mellitus: Estudo de caso em família no município de Jangada – MT, 2006
DOI:
https://doi.org/10.17921/1415-5141.2010v14n2p%25pResumo
Introdução: Diabetes mellitus constitui um grupo heterogêneo de doenças metabólicas crônicas caracterizadas por hiperglicemia, cuja causa é a deficiência ou resistência à insulina. Este distúrbio acomete cerca de 7% da população brasileira, sendo atualmente considerada como um dos principais problemas de saúde pública no Brasil. É importante destacar que existem dois tipos geneticamente distintos de diabetes mellitus o tipo 1 insulino dependente e o tipo 2 não insulino dependente. Assim sendo as famílias costumam apresentar o mesmo tipo de diabetes. A família em estudo apresenta vários irmãos diabéticos sendo um deles insulino dependente. Objetivo: Investigar o caso de uma família portadora de diabetes mellitus em Jangada - MT, Brasil, suas complicações, farmacoterapia. Métodos: Realizou-se estudo de caso prospectivo, sendo os dados coletados nos domicílios através de entrevista com anotações em formulário apropriado. Verificou-se também a concentração de glicose sanguínea, temperatura, pressão arterial, peso, altura e calculou-se o índice de massa corporal (IMC). Resultados: três pacientes (75%) eram mulheres; a doença iniciou-se entre 45 e 51 anos; os pacientes utilizavam hipoglicêmicos orais, e uma associando-o à insulina. A concentração de glicose apresentou-se elevada. Foi constatada obesidade em um paciente (IMC = 31,8). A temperatura corporal permaneceu normal; a pressão arterial estava elevada em 75% dos pacientes. A mãe é diabética tipo II, 4 descendentes apresentavam manifestações clínicas de diabete com início entre 32 a 35 anos. Conclusões: Com estes dados pôde ser concluído que os pacientes apresentam diabetes mellitus tipo II, provavelmente por herança genética; que a única paciente insulino dependente foi em consequência ao agravamento da doença original; que os problemas cardiovasculares foram às formas mais frequentes de agravamentos da diabete nesta família, que os medicamentos cardiovasculares foram associados aos hiperglicêmicos na maioria dos pacientes; que a geração descendente apresentou precocidade para início da doença em relação à geração paterna/materna.