Prevalência dos casos de hiperplasia fibrosa inflamatória em mucosa bucal
DOI:
https://doi.org/10.17921/1415-5141.2010v14n1p%25pResumo
A hiperplasia fibrosa inflamatória corresponde a um crescimento tecidual benígno decorrente de fatores irritantes crônicos de baixa intensidade, como traumas mecânicos constantes provocados por próteses mal ajustadas. Uma das áreas mais susceptíveis ao surgimento é a mucosa bucal, e em sua fase inicial, esta se apresenta indolor e de evolução lenta, levando assim o paciente a procurar o tratamento tardio. O aparecimento da hiperplasia fibrosa inflamatória está associado ao uso prolongado de prótese dentária que na grande maioria apresenta falhas de adaptação causando malefícios aos pacientes. Revendo os laudos histopatológicos dos pacientes atendidos nas clínicas da faculdade de odontologia de Cuiabá – FOC/UNIC, referente ao período de 1992/2003, foram analisados 650 prontuários de pacientes com hiperplasia fibrosa de etiologias variadas, sendo selecionados apenas os portadores de hiperplasia fibrosa inflamatória causada por próteses totais removíveis, perfazendo um total de 213 pacientes. Essa alteração tecidual foi analisada de acordo com suas manifestações em diferentes faixas etárias, gênero, etnia e localização. Estes dados foram comparados com as literaturas existentes buscando o entendimento clínico desta lesão. Concluiu-se que a maior incidência de pacientes com hiperplasia fibrosa inflamatória por próteses totais removíveis pertence ao gênero feminino, na faixa etária de 41 à 50 anos, leucoderma e localização na mandíbula.