Atuação Fonoaudiológica e Fisioterápica nas Fissuras Orofaciais não Sindrômicas
DOI:
https://doi.org/10.17921/1415-5141.2020v24n2p205-210Resumo
A fissura de lábio e ou de palato não sindrômicas são anomalias congênitas craniofaciais mais frequentes. Elas ocasionam problemas estéticos e funcionais que requerem tratamento em longo prazo, envolvendo reabilitação multidisciplinar incluindo a fonoaudiologia e fisioterapia. Este estudo propõem apresentar alguns dos princípios de atuação do fonoaudiólogo e do fisioterapeuta nas fissuras orofaciais não sindrômicas. Realizou-se uma revisão de literatura narrativa com busca na Bireme e Scielo e nas bases Lilacs, Pedro e PubMed em outubro de 2020, envolvendo a atuação do fonoaudiólogo e do fisioterapeuta nas fissuras orofaciais não sindrômica, no idioma inglês e português, sem recorte temporal. Os estudos encontrados observaram que a intervenção fonoaudiológica e fisioterapêutica deve ser mais precoce e de acordo com a disfunção apresentada. De modo geral, a atuação do fonoaudiólogo favorece a alimentação oral e o desenvolvimento global referente à linguagem, a fala, audição e neuropsicomotor, para evitar atrasos e favorecer o melhor desenvolvimento infantil. A atuação fisioterapêutica visa diminuir a hospitalização prolongada, melhorar a qualidade de vida e funcionalidade, bem como assistir as crianças que cursarem com problemas motores, posturais e respiratórios. Conclui-se que a atuação fonoaudiológica nas diferentes fases da reabilitação de indivíduos com fissuras labiopalatinas contribui para alimentação e inteligibilidade da fala, beneficiando assim a comunicação verbal e consequentemente a interação com o meio social; e a assistência fisioterapêutica ajuda e melhorar a sintomatologia e as disfunções respiratórias apresentadas, prevenindo e tratando complicações de forma a melhorar a qualidade de vida e restabelecer a independência funcional.
Palavras-chave: Fissura Palatina. Fenda Labial. Aleitamento Materno. Fala. Fisioterapia.
Abstract
Non-syndromic cleft lip and or palate are the most frequent congenital craniofacial anomalies. They cause aesthetic and functional problems that require long-term treatment, involving rehabilitation including speech therapy and physiotherapy. This study proposes to present some of the principles of performance of the speech therapist and physiotherapist in non-syndromic orofacial clefts. A narrative literature review was carried out with searches in Bireme and Scielo and in the Lilacs, Pedro and PubMed databases in October 2020, involving the performance of the speech therapist and physiotherapist in non-syndromic orofacial clefts, in English and Portuguese, with no time frame. The studies observed that speech therapy and physiotherapy intervention should be as earlier and in accordance with the presented dysfunction. In general, the performance of the speech therapist favors oral feeding and the global development related to language, speech, hearing and neuropsychomotor, to avoid delays and favor best child development. Physiotherapeutic action aims to reduce the prolonged hospitalization, improve quality of life and functionality, as well as assist children who are experiencing motor, postural and respiratory problems. It is concluded that the speech therapy performance in the different phases of rehabilitation of individuals with cleft lip and palate contributes to feeding and speech intelligibility, thus benefiting verbal communication and consequently the interaction with the social environment; and physiotherapeutic assistance helps and improves the symptoms and respiratory disorders presented, preventing and treating complications in order to improve the quality of life and restore functional independence.
Keywords: Cleft Palate. Cleft Lip. Breast Feeding. Speech. Physiotherapy.